Sonhar, sonhar, sonhar

Pois é, passo a vida a sonhar. Recordo o passado, sonho com o futuro. Mas o mais importante é viver um bocadinho de cada vez. Viver cada momento, cada hora que passa.

Gosto muito de pessoas, de as tentar compreender, de as ouvir. Às vezes ouvimos os maiores disparates do mundo. Às vezes digo os maiores disparates do Mundo. É normal sentirmo-nos mais felizes ou menos felizes. A infertidade devasta-nos a vida, o coração, os sentimentos e às vezes até a razão. É sem dúvida uma dor muito profunda, uma ansiedade que não termina. Sabemos o verdadeiro significado da palavra ansiedade.
Esta minha melancolia não vem à toa. Na semana passada, no seguimento dum projecto de solidariedade social que estou a organizar na minha empresa, fui visitar uma casa de acolhimento temporário de crianças em risco. São crianças que são menos bem tratadas pelos pais que o tribunal coloca temporáriamente nesta casan até, ou os pais terem condições para os acolherem ou serem dadas para adopção. Como imaginam partiu-me o coração. Como é que uma criança de 1 ano ou de 10 anos pode viver numa casa temporária com uma familia temporária. Como é que será a vida destas crianças?! O que é que lhes vai no coração?
Esta semana reuni-me com uma pessoa que faz a distribuição de alimentos nas ruas, uma voluntária. Disse-me que em Lisboa há centenas e centenas de pessoas a viver nas ruas, que a sua única alimentação diária é a sandes que comem à noite. Como é que é possível?! Como é que a vida pode trair estas pessoas, não lhes dar uma oportunidade?!

Obrigada meu Deus por me teres dado o melhor da vida, o amor, o sorriso, a amizade. Espero poder fazer muito pelos outros. Se algum dia precisar de alguém, sei que há-de haver quem me dê uma mão. Às vezes só entrando em estado de choque é que consigo avaliar a sorte que tenho.

Bom fim-de-semana. Divirtam-se que eu vou fazer o mesmo. Se puderes fazer alguma coisa por alguém este fim-de-semana, faz. A recompensa é imensa.